Silêncio

A importância do silêncio na oração e meditação religiosa

O silêncio tem um papel importante na religião, especialmente na oração e meditação. Do latim “silere” que significa “calar-se”, ausência de ruído, externo e interno, permite uma melhor comunicação com o divino. Muitos dos ensinamentos de Jesus incluem a importância do silêncio e da retirada para oração, e os apóstolos também buscaram este silêncio para ouvir a Palavra de Deus.

– Do latim silere, calar-se, não proferir palavra, em religião significa ausência de ruído, externo e interno, para se poder orar e meditar melhor:

Mt 14,23: Feito isso, subiu à montanha para orar na solidão. E, chegando a noite, estava lá sozinho.

Mc 1,35: Tendo-se levantado muito antes do amanhecer, ele saiu e foi para um lugar deserto, e ali se pôs em oração.

Mc 6,46: E despedido que foi o povo, retirou-se ao monte para orar.

Mc 14,32: Jesus disse a seus discípulos: “Sentai-vos aqui, enquanto vou orar”.

Lc 2,19.51: Maria conservava todas essas palavras, meditando-as no seu coração.

Lc 22,41: Depois se afastou deles à distância de um tiro de pedra e, ajoelhando-se, orava.

– Jesus aconselha-o também para evitar a ostentação:

Mt 6,5-6: Quando orardes, não façais como os hipócritas, que gostam de orar de pé nas sinagogas.

– É condição para escutar a Palavra de Deus:

1Rs 19,12: Passado o tremor de terra, […] ouviu-se o murmúrio de uma brisa ligeira.

Sf 1,7: Silêncio diante do Senhor Javé! Porque o dia do Senhor está próximo.

Ap 8,1: Quando, enfim, abriu o sétimo selo, fez-se silêncio no céu durante cerca de meia hora.

– No AT, o silêncio da parte de Deus era interpretado como sinal de desgraça:

Jó 9,3: Deus não retém o seu furor; diante dele jazem prosternados os auxiliares de Raab.

Jó 23,8-9: Mas se eu for ao Oriente, lá ele não está; ao Ocidente, não o encontrarei.

Jó 30,20: Clamo por ti e não me respondes. Ponho-me diante de ti, e não olhas para mim.

Sl 27,1: Ó meu apoio, não fiqueis surdo à minha voz; não suceda que, vós não me ouvindo.

Sl 34,22: Vós também, Senhor, vistes! Não guardeis silêncio. Senhor, não vos aparteis de mim.

Sl 38,5: Fazei-me conhecer, Senhor, o meu fim, e o número de meus dias, para que eu veja como sou efêmero.

Sl 82,2: Senhor, não fiqueis silencioso, não permaneçais surdo, nem insensível, ó Deus.

Sl 93,17: Se o Senhor não me socorresse, em breve a minha alma habitaria a região do silêncio.

Sl 108,1: Ó Deus de meu louvor, não fiqueis insensível.

Is 64,11: Nosso santo e glorioso templo, onde nossos antepassados celebravam vossos louvores.

Lm 2,9-10: Não há mais oráculos. Mesmo os profetas não mais recebem as visões do Senhor.

Ez 3,26: Prenderei tua língua a teu paladar, de modo que o teu mutismo te impeça de repreendê-los.

Am 8,12: Andarão errantes […]; correrão por toda parte buscando a palavra do Senhor, e não a encontrarão.

Hab 1,13: Vossos olhos são por demais puros para verem o mal, não podeis contemplar o sofrimento.

O silêncio é um elemento crucial na prática religiosa, permitindo um ambiente tranquilo para se aproximar de Deus e escutar sua Palavra. Jesus e os apóstolos ensinaram a importância do silêncio, tanto para evitar a ostentação na oração quanto para ouvir a vontade de Deus.


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