544. Como Jesus nos ensina a rezar?

Jesus ensina-nos a rezar, não só com a oração doPai nosso, mas também com a sua própria oração. Assim, para além do conteúdo, ensina-nos as disposições requeridas para uma verdadeira oração: a pureza do coração que procura o Reino e perdoa aos inimigos; a confiança audaz e filial que se estende para além do que sentimos e compreendemos; a vigilância que protege o discípulo da tentação; a oração no Nome de Jesus, nosso Mediador junto do Pai.


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Parágrafo 2608

2608.Jesus insiste naconversão do coraçãodesde osermão da montanha:a reconciliação com o irmão antes de apresentar a oferta no altar (59); o amor dos inimigos e a oração pelos perseguidores (60); orar ao Pai «no segredo»(Mt6, 6); não se perder em fórmulas palavrosas (61); perdoar do fundo do coração na oração (62); a pureza do coração e a busca do Reino (63) Esta conversão está totalmente polarizada no Pai: é filial.

Parágrafo 2609

2609.O coração, assim decidido a converter-se, aprende a orar nafé. Afé é uma adesão filial a Deus, para além de tudo quanto sentimos e compreendemos. Tornou-se possível, porque o Filho bem-amado nos franqueia o acesso até junto do Pai. Ele pode pedir-nos que «procuremos» e «batamos à porta», porque Ele próprio é a porta e o caminho (64).

Parágrafo 2610

2610.Do mesmo modo que Jesus ora ao Pai e Lhe dá graças antes de receber os seus dons, assim também nos ensina estaaudácia filial:«tudo o que pedirdes na oração, acreditai que já o alcançastes»(Mc11, 24). Tal é a força da oração: «tudo é possível a quem crê»(Mc9, 23), com uma fé que não hesita (65). Assim como Jesus Se entristece por causa da «falta de fé» dos seus conterrâneos(Mc6, 6) e da «pouca fé» dos seus discípulos (66), também Se enche de admiração perante a «grande fé» do centurião romano (67) e da cananeia (68).

Parágrafo 2611

2611.A oração de fé não consiste somente em dizer «Senhor, Senhor!», mas em preparar o coração para fazera vontade do Pai(69).Jesus exorta os seus discípulos a levar para a oração esta solicitude em cooperar com o desígnio de Deus (70).

Parágrafo 2612

2612. Em Jesus, «o Reino de Deus está perto». Ele apela à conversão e à fé, mas também à vigilância.Na oração(Mc1, 15), o discípulo vela, atento Aquele que é e que vem, na memória da sua primeira vinda na humildade da carne e na esperança da sua segunda vinda na glória (71). Em comunhão com o Mestre, a oração dos discípulos é um combate; é vigiando na oração que não se cai na tentação (72).

Parágrafo 2613

2613.São Lucas transmite-nos trêsparábolasprincipais sobre a oração. A primeira, a do «amigo importuno» (73), convida-nos a uma oração persistente: «Batei, e a porta abrir-se-vos-á». Aquele que assim ora, o Pai celeste «dará tudo quanto necessitar» e dará, sobretudo, o Espírito Santo, que encerra todos os dons. A segunda, a da «viúva importuna» (74), está centrada numa das qualidades da oração: é preciso orar sem se cansar, coma paciênciada fé. «Mas o Filho do Homem, quando voltar, achará porventura fé sobre a terra?». A terceira, a do «fariseu e do publicano» (75), diz respeito àhumildadedo coração orante. «Meu Deus, tende compaixão de mim, que sou pecador». A Igreja não cessa de fazer sua esta oração:«Kyrie, eleison!».

Parágrafo 2614

2614.Quando Jesus confia abertamente aos discípulos o mistério da oração ao Pai, desvenda-lhes o que deve ser a oração deles e a nossa quando Ele tiver voltado para junto do Pai, na sua humanidade glorificada. O que há de novo agora é o «pedirem seu nome» (76). A fé n'Ele introduz os discípulos no conhecimento do Pai, porque Jesus é «o caminho, a verdade e a vida»(Jo14, 6). A fé dá os seus frutos no amor: guardar a sua Palavra, os seus mandamentos, permanecer com Ele no Pai que n'Ele nos ama ao ponto de permanecer em nós. Nesta aliança nova, a certeza de sermos atendidos nas nossas petições baseia-se na oração de Jesus (77).

Parágrafo 2621

2621.Na sua doutrina, Jesus ensina os discípulos a orar com um coração purificado, uma fé viva e perseverante, uma audácia filial. Exorta-os à vigilância e convida-os a apresentar a Deus os seus pedidos em nome d'Ele. O próprio Jesus Cristo atende as orações que Lhe são dirigidas.


Acesse nossos estudos biblicos:

O que Jesus ensinou sobre o amor ao próximo? (Mateus 22:39)

A intercessão de Moisés: Como a intercessão de Moisés por seu povo nos ensina sobre a oração e a misericórdia de Deus? (Êxodo 32-34)

A lei do perdão: O que a lei do perdão no Levítico nos ensina sobre a misericórdia e a justiça de Deus? (Levítico 19:17-18)

Qual é o exemplo de perseverança na espera das promessas de Deus apresentado na história de Zacarias e Isabel em Lucas 1:5-25?

Qual é a importância do testemunho cristão?

Qual é a importância da supremacia de Cristo de acordo com Colossenses 1:15-20?

A lei de Deus e a justiça: Explorando a relação entre elas (Deuteronômio 16:18-20)


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