574. Quais as dificuldades da oração?

Adistracçãoé a dificuldade habitual da nossa oração. Ela afasta da atenção a Deus e pode também revelar aquilo a que estamos apegados. O nosso coração deve então regressar humildemente ao Senhor. A oração é muitas vezes insidiada pelaaridez, cuja superação, na fé, permite aderir ao Senhor, mesmo sem uma consolação sensível. Aacédiaé uma forma de preguiça espiritual devida ao relaxamento da vigilância e à negligência na guarda do coração.


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Parágrafo 2729

2729.A dificuldade habitual da nossa oração é adistracção.Pode ter por objecto as palavras e o seu sentido, na oração vocal; mais profundamente, pode incidir sobre Aquele a Quem rezamos, na oração vocal (litúrgica ou pessoal), na meditação e na contemplação. Partir à caça das distracções seria cair nas suas ciladas; basta regressar ao nosso coração: uma distracção revela-nos aquilo a que estamos apegados e esta humilde tomada de consciência diante do Senhor deve despertar o nosso amor preferencial por Ele, oferecendo-Lhe resolutamente o nosso coração para que Ele o purifique. É aí que se situa o combate: na escolha do Senhor a quem servir (18).

Parágrafo 2730

2730.Positivamente, o combate contra o nosso eu, possessivo e dominador, consiste navigilância,a sobriedade do coração. Quando Jesus insiste na vigilância, esta refere-se sempre a Ele, à sua vinda, no último dia e em cada dia: «hoje». O Esposo chega a meio da noite. A luz que não se deve extinguir é a da fé: «Diz-me o coração: "Procura a sua face"» (Sl27, 8).

Parágrafo 2731

2731.Outra dificuldade, especialmente para os que querem rezar com sinceridade, é aaridez.Faz parte da oração em que o coração está seco, sem gosto pelos pensamentos, lembranças e sentimentos, mesmo espirituais. É o momento da fé pura, que se aguenta fielmente ao lado de Jesus na agonia e no sepulcro. «Se o grão de trigo morrer, dará muito fruto» (Jo12, 24). Se a aridez for devida à falta de raiz, por a Palavra ter caído em terreno pedregoso, o combate entra no campo da conversão (19).

Parágrafo 2732

2732.A tentação mais comum e a mais oculta é a nossafalta de fé.Exprime-se menos por uma incredulidade declarada do que por uma preferência de facto. Quando começamos a orar, mil trabalhos e preocupações, julgados urgentes, apresentam-se-nos como prioritários. É mais uma vez o momento da verdade do coração e do seu amor preferencial. Umas vezes, voltamo-nos para o Senhor como nosso último recurso: mas será que acreditamos mesmo n'Ele? Outras vezes, tomamos o Senhor como aliado, mas conservamos o coração cheio de presunção. Em todos os casos, a nossa falta de fé revela que ainda não temos as disposições de um coração humilde: «Sem Mim, nada podereis fazer» (Jo15, 5).

Parágrafo 2733

2733.Outra tentação, à qual a presunção abre a porta, é aacédia. OsPadres espirituais entendem por ela uma forma de depressão devida ao relaxamento da ascese, à diminuição da vigilância, à negligência do coração. «O espírito está decidido, mas a carne é fraca»(Mt26, 41). Quanto de mais alto se cai, mais magoado se fica. O desânimo doloroso é o reverso da presunção. Quem é humilde não se admira da sua miséria; ela leva-o a ter mais confiança e a manter-se firme na constância.

Parágrafo 2754

2754.As principais dificuldades no exercício da oração são a distracção e a aridez. O remédio está na fé, na conversão e na vigilância do coração.

Parágrafo 2755

2755.Duas tentações frequentes ameaçam a oração: a falta de fé e a acédia, que é uma espécie de depressão devida ao relaxamento da ascese e que leva ao desânimo.


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