Jejum

O significado do jejum na Bíblia: entenda a prática no Antigo e Novo Testamento

O jejum é uma prática religiosa que tem sido mencionada em diversos textos bíblicos ao longo da história. No Antigo Testamento, era comum que as pessoas se privassem parcial ou totalmente de alimentos como sinal de arrependimento e conversão. Já no Novo Testamento, Jesus valoriza o sacrifício do coração e adoração do Pai em espírito e verdade. Neste artigo, vamos explorar o significado e as diferenças da prática do jejum no Antigo e Novo Testamento.

– O religioso era prática comum no AT. A voluntária privação, parcial ou total, de alimentos era em geral um sinal de arrependimento e conversão:

Jn 3,5-10: Os ninivitas creram nessa mensagem de Deus, e proclamaram um jejum.

Ne 9,1: Vestidos de sacos e com a cabeça coberta de pó, os israelitas reuniram-se para um jejum.

Jl 1,14: Publicai o jejum, convocai a assembleia, reuni os anciãos e toda a população no Templo do Senhor, vosso Deus.

– Jejuava-se também a fim de se atrair o beneplácito divino para secundar algum pedido feito:

2Cr 20,3: Perturbado, Josafá se dispôs a recorrer ao Senhor e promulgou um jejum para todo o Judá.

Es 8,21: Ali, junto ao riacho Aava, publiquei um jejum, a fim de nos humilharmos diante de nosso Deus.

Sl 34,13: Contudo, quando eles adoeciam, eu me revestia de saco, extenuava-me em jejuns e rezava.

Sl 68,11: Por mortificar minha alma com jejuns, só recebi ultrajes.

Jr 36,6: Vai até lá em dias de jejum e […] lerás os oráculos do Senhor.

Jl 2,12-14: Voltai a mim de todo o vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos de luto.

– Pouco a pouco, porém, os profetas começaram a chamar a atenção do povo para o jejum e o sacrifício do coração arrependido e do espírito contrito em lugar do culto formal:

Os 6,6: Porque eu quero o amor mais que os sacrifícios, e o conhecimento de Deus mais que os holocaustos.

Am 5,21.14-15: Aborreço vossas festas; elas me desgostam; não sinto gosto algum em vossos cultos.

Is 1,11: Já estou farto de holocaustos de cordeiros e da gordura de novilhos cevados.

Sl 50,18-19: Vós não vos aplacais com sacrifícios rituais; e se eu vos ofertasse um sacrifício, não o aceitaríeis.

– No NT, Jesus valoriza o sacrifício do coração e adoração do Pai em espírito e verdade:

Mt 9,13: Ide e aprendei o que significam estas palavras: Eu quero a misericórdia e não o sacrifício.

Mt 12,7: Se compreendêsseis o sentido destas palavras: Quero a misericórdia e não o sacrifício.

Mc 2,18-22: Ora, os discípulos de João e os fariseus jejuavam.

Lc 5,31-39: Respondeu-lhes Jesus: “Não são os homens de boa saúde que necessitam de médico, mas sim os enfermos”.

Jo 4,21-24: Jesus respondeu: “Mulher, […] vem a hora em que não adorareis o Pai, nem neste monte nem em Jerusalém”.

Em resumo, o jejum é uma prática religiosa que tem sido mencionada em diversos textos bíblicos ao longo da história. No Antigo Testamento, era comum que as pessoas se privassem parcial ou totalmente de alimentos como sinal de arrependimento e conversão. No Novo Testamento, Jesus valoriza o sacrifício do coração e adoração do Pai em espírito e verdade. É importante lembrar que, independentemente da época, o jejum é uma prática pessoal e deve ser feita com a finalidade de se aproximar de Deus e se arrepender dos pecados.


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