Evangelho do dia – quinta-feira, 27 de junho de 2024 – Mateus 7,21-29 – Bíblia Católica

Primeira Leitura (2 Reis 24,8-17)

Leitura do Segundo Livro dos Reis.

Joaquim tinha dezoito anos quando começou a reinar e reinou três meses em Jerusalém. Sua mãe chamava-se Noestã, filha de Elnatã, de Jerusalém. E ele fez o mal diante do Senhor, segundo tudo o que seu pai tinha feito. Naquele tempo, os oficiais de Nabucodonosor, rei da Babilônia, marcharam contra Jerusalém e a cidade foi sitiada. Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio em pessoa atacar a cidade, enquanto seus soldados a sitiavam. Então Joaquim, rei de Judá, apresentou-se ao rei da Babilônia, com sua mãe, seus servos, seus príncipes e seus eunucos. E o rei da Babilônia os fez prisioneiros. Isto aconteceu no oitavo ano do seu reinado. Nabucodonosor levou todos os tesouros do templo do Senhor e do palácio real, e quebrou todos os objetos de ouro que Salomão, rei de Israel, havia fabricado para o templo do Senhor, conforme o Senhor havia anunciado. Levou para o cativeiro Jerusalém inteira, todos os príncipes e todos os valentes do exército, num total de dez mil exilados, e todos os ferreiros e serralheiros; só deixou a população mais pobre do país. Deportou Joaquim para a Babilônia, e do mesmo modo exilou de Jerusalém para a Babilônia a rainha-mãe, as mulheres do rei, seus eunucos e todos os nobres do país. Todos os homens fortes, num total de sete mil, os ferreiros e os serralheiros em número de mil, todos os homens capazes de empunhar armas, foram conduzidos para o exílio pelo rei da Babilônia. E, em lugar de Joaquim, ele nomeou seu tio paterno, Matanias, mudando-lhe o nome para Sedecias.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.



Evangelho (Mateus 7,21-29)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. Naquele dia, muitos vão me dizer: ‘Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres?’ Então eu lhes direi publicamente: Jamais vos conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais o mal. Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!” Quando Jesus acabou de dizer estas palavras, as multidões ficaram admiradas com seu ensinamento. De fato, ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os mestres da lei.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.



Refletindo a Palavra de Deus

Queridos irmãos e irmãs em Cristo, hoje nos reunimos para refletir sobre as profundezas da Palavra de Deus, encontrando direção e esperança em meio às provações da vida. As leituras que ouvimos hoje, do segundo livro dos Reis e do Evangelho de Mateus, nos convidam a examinar a nossa fé e as nossas ações, a fim de construir nossas vidas sobre um fundamento sólido e inabalável.

A primeira leitura nos leva ao reinado de Joaquim, um jovem rei de Judá que governou por apenas três meses antes de ser levado cativo para a Babilônia. O autor sagrado nos diz que Joaquim tinha dezoito anos quando começou a reinar e que ele fez o que era mau aos olhos do Senhor, conforme tudo o que seu pai tinha feito. Este relato nos lembra das consequências do afastamento de Deus e da importância de seguir Seus caminhos.

No Evangelho, Jesus nos dá um ensinamento poderoso sobre a verdadeira obediência. Ele nos diz que nem todos que dizem “Senhor, Senhor” entrarão no Reino dos Céus, mas apenas aqueles que fazem a vontade do Pai que está nos céus. Ele compara aqueles que ouvem Suas palavras e as praticam a um homem sábio que construiu sua casa sobre a rocha. Quando a tempestade veio, a casa permaneceu firme, pois estava bem alicerçada. Em contraste, aqueles que ouvem Suas palavras e não as praticam são comparados a um homem insensato que construiu sua casa sobre a areia. Quando a tempestade veio, a casa desabou, e grande foi a sua ruína.

Vamos explorar mais profundamente estas leituras e ver como elas se aplicam às nossas vidas.

O reinado de Joaquim foi breve, mas suas ações tiveram consequências duradouras. Ele seguiu os passos de seu pai, fazendo o que era mau aos olhos do Senhor. A história de Joaquim nos lembra que nossas escolhas e ações têm consequências. Assim como o povo de Judá sofreu por causa dos pecados de seus líderes, também nós sofremos as consequências de nossas próprias escolhas quando nos afastamos de Deus.

Joaquim foi levado cativo para a Babilônia, e a leitura nos descreve a tristeza e a desolação do povo de Deus. Eles perderam sua terra, seu templo e sua liberdade. No entanto, mesmo em meio à destruição e ao exílio, Deus não abandonou Seu povo. Ele continuou a trabalhar em suas vidas, preparando o caminho para a redenção e a restauração. Esta história nos ensina sobre a fidelidade de Deus, mesmo quando enfrentamos as consequências de nossos pecados. Ele está sempre pronto para nos receber de volta, para nos restaurar e nos dar uma nova esperança.

No Evangelho, Jesus nos chama a uma obediência verdadeira e sincera. Não basta apenas professar nossa fé com palavras; é necessário viver essa fé através de nossas ações. Jesus nos desafia a construir nossas vidas sobre a rocha sólida da Sua Palavra, ouvindo e praticando Seus ensinamentos. Ele nos adverte sobre os perigos de uma fé superficial, que se desmorona diante das tempestades da vida.

Para ilustrar esse ponto, Jesus usa a imagem de duas casas. A primeira casa, construída sobre a rocha, representa aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a colocam em prática. Quando enfrentam dificuldades, sua fé permanece firme, pois está bem alicerçada. A segunda casa, construída sobre a areia, representa aqueles que ouvem a Palavra, mas não a praticam. Quando vêm as dificuldades, sua fé se desmorona, pois falta um fundamento sólido.

Vamos refletir sobre como estamos construindo nossas vidas. Estamos construindo sobre a rocha da Palavra de Deus, ou sobre a areia das promessas vazias do mundo? Estamos ouvindo e praticando os ensinamentos de Jesus, ou estamos nos contentando com uma fé superficial?

Para construir nossas vidas sobre a rocha, precisamos dedicar tempo à leitura e meditação da Palavra de Deus. Precisamos permitir que Seus ensinamentos moldem nossas atitudes e ações diárias. Precisamos buscar viver de acordo com a vontade de Deus, mesmo quando isso exige sacrifício e renúncia.

Pensemos em um construtor que deseja erguer um edifício duradouro. Ele não começa colocando tijolos sobre a areia. Em vez disso, ele cava fundo, procurando uma base firme para que o edifício possa resistir aos ventos e tempestades. Assim também, devemos escavar fundo em nossa fé, buscando a verdade nas Escrituras, na oração e nos sacramentos. Devemos permitir que essas práticas formem a base de nossa vida espiritual.

A história de Joaquim e o ensinamento de Jesus nos desafiam a reavaliar nossas vidas e a fazer as mudanças necessárias para alinhar nossas ações com nossa fé. Talvez existam áreas em nossas vidas onde temos construído sobre a areia – áreas onde permitimos que o materialismo, o egoísmo ou a indiferença tomem o lugar da Palavra de Deus. É tempo de reconhecer essas áreas e começar a reconstruir sobre a rocha.

Vamos também refletir sobre como podemos ajudar os outros a construir suas vidas sobre a rocha. Como membros da comunidade cristã, somos chamados a apoiar uns aos outros na fé. Podemos fazer isso através da oração, do aconselhamento, do exemplo de vida e do serviço. Podemos ser luz para aqueles que estão em busca de um fundamento sólido para suas vidas.

Conforme avançamos na jornada da fé, enfrentaremos tempestades – desafios, tentações, sofrimentos. Mas se estivermos firmemente alicerçados na Palavra de Deus, podemos ter a certeza de que permaneceremos firmes. A fidelidade de Deus nos sustentará, assim como sustentou o povo de Judá durante o exílio.

Senhor, nós Te agradecemos por Tua Palavra que nos guia e nos fortalece. Ajuda-nos a construir nossas vidas sobre o fundamento sólido de Teus ensinamentos. Dá-nos a graça de ouvir e praticar Tua Palavra, para que possamos permanecer firmes diante das tempestades da vida. Que possamos ser luz e sal para o mundo, ajudando outros a encontrar o caminho para a verdadeira vida em Ti. Amém.

Meus irmãos e irmãs, ao sairmos daqui hoje, levemos conosco o compromisso de viver uma fé verdadeira, alicerçada na Palavra de Deus. Que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo nos acompanhe e nos fortaleça. Lembrem-se, somos chamados a ser construtores sábios – vamos construir nossas vidas sobre a rocha sólida do amor e dos ensinamentos de Cristo. Amém.


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